A pesquisa realizada pela consultoria Opinaia sugere que Javier Miler possui vantagem para uma eventual disputa no segundo turno das eleições presidenciais da Argentina contra Patricia Bullrich (da coalizão de direita Juntos por el Cambio) e Sergio Massa (atual ministro da Economia e candidato governista), conforme revelado pelo jornal argentino Clarín.
De acordo com as intenções de voto para o primeiro turno, a ser realizado em 22 de outubro, Javier Milei aparece na dianteira. No entanto, a eleição deverá ser definida no segundo turno, previsto para 19 de novembro. As regras eleitorais argentinas estabelecem que, para vencer em primeiro turno, o candidato deve obter 45% dos votos válidos ou pelo menos 40% dos votos com uma vantagem de 10 pontos percentuais em relação ao segundo colocado.
No intuito de explorar cenários possíveis para o segundo turno, a consultoria Opinaia organizou combates hipotéticos entre os três candidatos melhor posicionados nas pesquisas: Milei, Bullrich e Massa. Os resultados foram os seguintes:
Na disputa entre Milei e Massa, Milei obteve 49% das intenções de voto, enquanto Massa recebeu 30%. Por outro lado, na competição entre Milei e Bullrich, Milei prevaleceu com 39% das intenções de voto, enquanto Bullrich ficou com 31%. No eventual confronto entre Bullrich e Massa, Bullrich lidera com 44% das intenções de voto, contra 32% de Massa.
Javier Gerardo Milei, de 52 anos, é economista e ganhou a eleição primária em 13 de agosto de 2023 com 30,4% dos votos na disputa pela Presidência da Argentina. Ele é conhecido por suas ideias liberais na economia, propondo fechar o Banco Central do país, abandonar o peso e adotar o dólar dos EUA como moeda local.
Milei está concorrendo à Presidência pela coalizão La Libertad Avanza. Ele se autodenomina “anarcocapitalista” e “libertário”, opondo-se à interferência do estado na sociedade e apoiando o sistema de livre mercado. Além disso, afirma que o aquecimento global é uma mentira, defende a venda de órgãos e se posiciona a favor de um sistema de educação não obrigatório e privado.
Para este estudo, a Opinaia entrevistou 2.000 pessoas de 15 a 23 de agosto. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais para mais ou para menos.