O presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, sugeriu em discussões com a mídia em Angola que a recente expansão dos Brics para incluir seis novos membros poderia realocar o equilíbrio de poder no cenário global. Lula argumentou que, com o atual Produto Interno Bruto (PIB) dos Brics superando o G7 em mais de 7%, uma reunião entre os dois blocos agora seria negociada sob termos mais favoráveis ao primeiro. Ele acrescentou que o ingresso de novos membros nos Brics poderia levar a mais equilíbrio durante as discussões geopolíticas.
Na quinta-feira passada, Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, os atuais membros dos Brics, formaram uma proposta para a Arábia Saudita, Argentina, Egito, Emirados Árabes, Etiópia e Irã se juntarem como membros integrais do bloco. Essa expansão proposta sem dúvida tem o potencial para fortalecer a posição dos BRICS nas negociações internacionais e aumentar a representatividade do bloco econômico.
Durante sua visita a Angola, o presidente Lula da Silva também defendeu uma reforma no Conselho de Segurança da ONU, expressando preocupação de que a entidade não estivesse cumprindo o papel para o qual foi inicialmente concebida. Além disso, ele questionou o mecanismo de pagamento da dívida dos países africanos ao FMI, considerando necessário participar de um “novo combate” sobre o assunto. Com essas declarações, Lula reafirma seu papel proeminente na política global.