O clima político em Brasília atinge um novo patamar de tensão com a recusa do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do Partido dos Trabalhadores (PT), em se reunir com o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, do Progressistas (PP-AL), antes de uma declaração de trégua.
Lula, contrariado com o discurso recente de Lira durante a retomada dos trabalhos legislativos, deixou claro aos deputados aliados que uma reunião só será considerada se houver um gesto de reconciliação por parte de Lira, estendendo uma “bandeira branca”.
As tensões aumentaram devido às críticas públicas de Lira à articulação política do Palácio do Planalto. O presidente da Câmara expressou sua insatisfação com a decisão de vetar R$ 5,6 bilhões em emendas de comissão e o fim dos benefícios fiscais concedidos a igrejas e pastores.
Lula, por sua vez, rejeita um encontro meramente para ouvir queixas sobre os ministros de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, e da Saúde, Nísia Trindade. Diante do impasse, o presidente avalia que o momento não é oportuno para uma reunião e prefere aguardar uma definição clara das votações no Congresso Nacional.
Planejando passar o Carnaval fora de Brasília e uma viagem à África na próxima semana, Lula pretende marcar o encontro com Lira no final de fevereiro ou início de março, proporcionando um ambiente mais propício para uma discussão construtiva.
Com informações da CNN.