Em um pronunciamento neste sábado (26), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu uma reformulação do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), alegando que a entidade precisa se adaptar à configuração atual do mundo. Lula colocou em xeque a relevância da ONU na atualidade, citando sua percepção sobre o enfraquecimento da organização e a necessidade de proporcionar mais espaço e presença a países emergentes no tabuleiro geopolítico internacional.
O Conselho de Segurança da ONU, que tem como missão preservar a paz mundial, é formado por 15 membros, dos quais apenas cinco são permanentes – Estados Unidos, França, Reino Unido, Rússia e China. Lula pressiona por um assento para o Brasil no dito conselho, além de outros países em desenvolvimento da América Latina, África e Ásia. Essa ideia foi reforçada em uma cúpula do Brics (bloco formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) realizada entre os dias 22 e 24 de agosto, onde os líderes assinaram uma declaração pedindo uma reforma do Conselho de Segurança da ONU.
Lula criticou a ação dos membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU, caracterizando-os como principais instigadores de conflitos globais. Ele sugeriu que a ONU está ausente das diretrizes que a motivaram em sua concepção. Citando exemplos recentes, o presidente observou que os países membros do Conselho de Segurança se envolvem em guerras sem discutir suas ações com a ONU. Como consequência, ele concluiu que a ONU não exerce mais sua função representativa adequada.