Lula atribui terremoto no Marrocos à mudança climática, desafiando evidências científicas; ASSISTA

Em declarações polêmicas, o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva associou a catástrofe natural que atingiu o Marrocos recentemente, onde um terremoto provocou inúmeras fatalidades, aos impactos da mudança climática global. Tal afirmação foi proferida em Nova Déli, Índia, durante a cúpula do G20 na qual o líder petista participa.

“Um terremoto que também não tem muita explicação a não ser a mudança do clima, a não ser o que nós estamos fazendo com o planeta”, comentou Lula causando espanto e levantando controvérsias acerca da veracidade da afirmação.

Enquanto a comunidade científica concorda que as mudanças climáticas podem causar eventos climáticos extremos, como furacões mais severos, ondas de calor mais intensas e secas mais longas, não há consenso geral de que elas possam provocar terremotos. De acordo com cientistas, terremotos são geralmente causados por tensões geradas pelas placas tectônicas da Terra e atividades vulcânicas. A possível ligação entre as mudanças climáticas e a frequência ou intensidade de terremotos ainda é objeto de debate e estudo.

Portanto, a declaração de Lula chamou atenção por apresentar um argumento polêmico acerca do papel das mudanças climáticas na ocorrência de terremotos. Enquanto muitos especialistas permanecem céticos sobre a afirmação, outros veem nela um chamado para maior reflexão e estudo sobre o amplo alcance das consequências das mudanças climáticas.

Vale mencionará que a fala do presidente brasileiro ocorre num momento de crescente pressão internacional para ações mais efetivas contra as mudanças climáticas. O debate global intensificado na Conferência do Clima da ONU (COP26), realizada em Glasgow, trouxe a urgência desta questão à tona, aumentando a pressão sobre os líderes mundiais para apresentarem soluções concretas e compromissos mais ambiciosos para reduzir as emissões de gases de efeito estufa.

No entanto, embora as palavras de Lula possam ser vistas como um apelo à ação, a falta de evidência científica clara que sustente sua afirmação também gera críticas e demonstra a necessidade de uma comunicação precisa e responsável sobre os impactos da mudança climática. O equilíbrio entre sensibilizar a população e informá-la apropriadamente continua sendo um desafio para os líderes mundiais na era do aquecimento global.