A Meta Platforms, controladora do Facebook e Instagram, anunciou na última quarta-feira (29) uma queda de 83% em seu lucro líquido no terceiro trimestre de 2025, totalizando US$ 2,71 bilhões. O resultado, comparado ao mesmo período do ano anterior, foi majoritariamente influenciado por um encargo fiscal extraordinário, segundo comunicado da empresa. Apesar do recuo no lucro, a receita da companhia registrou um crescimento robusto de 26%, atingindo US$ 51,24 bilhões.
Encargo fiscal bilionário causa queda
O principal fator para a redução do lucro foi um ajuste fiscal único de US$ 15,93 bilhões, de natureza não monetária. A despesa decorre da implementação de uma nova legislação tributária nos Estados Unidos, denominada “One Big Beautiful Bill”. A companhia esclareceu que, sem este efeito, o lucro líquido ajustado poderia ter alcançado US$ 18,64 bilhões, com uma alíquota de imposto efetiva consideravelmente menor.
Receita em alta e reação do mercado
Em contraste com a linha final do balanço, o faturamento da Meta demonstrou a força operacional da empresa. O crescimento de 26% na receita foi impulsionado pela expansão em mercados internacionais e por investimentos contínuos em tecnologia. Contudo, a notícia do lucro reduzido impactou negativamente os investidores. As ações da Meta registraram uma queda de 8,6% nas negociações de pós-mercado da Nasdaq após a divulgação dos resultados.
A divulgação ocorre em um ano de cenário econômico complexo. Nos Estados Unidos, o debate sobre a inflação marcou o primeiro semestre, com o índice de preços ao consumidor (CPI) apresentando uma queda surpreendente em março, conforme noticiado pelo Valor Investe. No Brasil, o mercado financeiro também mostrou volatilidade, com o Ibovespa renovando recordes na faixa dos 149 mil pontos no dia seguinte ao anúncio da Meta, de acordo com o Money Times.
Perspectivas futuras
Olhando para o futuro, a Meta informou que busca otimizar suas operações e se adaptar ao novo ambiente regulatório e fiscal. A empresa projeta que, a longo prazo, a nova legislação tributária poderá resultar em uma carga de impostos menor, liberando mais capital para reinvestimentos e expansão global, apesar do impacto contábil imediato.