O líder do grupo que orquestrou a marcha ao Capitólio dos Estados Unidos em 6 de Janeiro de 2021, Joe Biggs, foi condenado a 17 anos de prisão pelo tribunal de Washington. Biggs enfrentava várias acusações, incluindo conspiração, por sua parte na tentativa de impedir a transição de poder do ex-presidente Donald Trump para Joe Biden. A sentença condenatória representa a segunda mais longa já imposta a um réu por seus atos durante o ataque ao Capitólio.
Os promotores tinham instado o juiz do distrito, Timothy Kelly, a condenar Biggs a 33 anos de prisão, alegando que ele e os outros réus “se colocaram deliberadamente na linha de frente da violência política neste país” e tentaram alterar o curso da história americana. No entanto, o juiz Kelly decidiu por uma sentença de 17 anos, argumentando que sua decisão não visava “minimizar a violência que ocorreu”. No dia do ataque, os agressores usaram barras de ferro e spray de pimenta para quebrar as barreiras de segurança e invadir o Capitólio, destruindo objetos de valor inestimável, ameaçando jornalistas e legisladores.
Biggs, vestindo um macacão de prisão laranja, expressou arrependimento por seus atos, insistindo que não é “um terrorista” e apelando por uma oportunidade para “levar a minha filha para a escola e buscá-la”. A pena mais severa, de 18 anos, foi imposta a Stewart Rhodes, líder e fundador do Oath Keeper – uma organização antigovernamental de extrema direita nos EUA. Essas sentenças marcam um marco na resposta do sistema de justiça criminal americano à violência política doméstica.