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Líder da oposição condena decisão de Toffoli de anular provas contra Lula em nome de amizade no Supremo

Líder da oposição condena decisão de Toffoli de anular provas contra Lula em nome de amizade no Supremo

Carlos Jordy, deputado federal pelo PL do Rio de Janeiro e líder da oposição na Câmara dos Deputados, manifestou-se contundentemente contra a recente decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, de anular todas as provas da Operação Lava Jato obtidas em acordo de leniência com a Odebrecht.

Em uma publicação em sua rede social X, semelhante ao Twitter, Jordy afirmou que, após tal decisão, “agora só falta mandar o estado brasileiro ressarcir o dinheiro da corrupção devolvido por empreiteiras”. Ele ainda lançou um olhar crítico procedimentos de indicação ao STF: “é isso que acontece quando se indica um amigo pro Supremo”.

Na manhã de 6 de outubro, Toffoli decidiu pela anulação de provas contra Luiz Inácio Lula da Silva, obtidas no acordo de leniência da operação Lava Jato firmado com a Odebrecht. A decisão afeta todas as pessoas condenadas com base nos elementos obtidos nesse acordo.

Em uma forte declaração, o ministro do STF chamou a prisão de Lula de um dos “maiores erros judiciários da história do país”. Em sua decisão, Toffoli alega que a prisão de Lula foi não apenas um erro, mas parte de uma “armação” com o intuito de conquistar poder político através de métodos questionáveis.

Além disso, por ordem de Toffoli, a Advocacia Geral da União (AGU) planeja abrir processos administrativos contra procuradores da operação Lava Jato e contra o ex-juiz Sergio Moro, que é o atual senador pelo estado do Pará, com o objetivo de investigar a responsabilidade civil pelo uso de provas ilícitas que causaram danos à União e a outros agentes.

A declaração de Jordy reflete um clima de tensão e controvérsia política na esteira da decisão do STF, a qual tem possíveis repercussões significativas no âmbito da política e da justiça brasileira.