Rui Costa Pimenta, presidente do Partido da Causa Operária (PCO), conhecido como um representante da extrema esquerda no Brasil, mostra-se crítico em relação ao governo Lula e ao Supremo Tribunal Federal (STF) por acreditar em perseguição política contra o ex-presidente Jair Bolsonaro. Pimenta também discorda das investigações do ministro Alexandre de Moraes sobre Bolsonaro e seus apoiadores, alegando que a perseguição judicial não é a melhor maneira de lidar com a extrema direita.
Pimenta, que já tentou a presidência do Brasil em três ocasiões, lidera um partido expulso do PT em 1990 por discordar das alianças da legenda com partidos de centro. Em entrevista à revista Veja, o presidente do PCO afirmou que seu partido não apoia o governo Lula de forma geral e que eles não possuem cargos no referido governo.
Apesar de criticar a conduta do STF, Pimenta nega ser favorável à dissolução violenta do tribunal e defende que a discussão seja feita de forma constitucional. Segundo ele, o poder dos ministros do STF é superior ao do Congresso Nacional, algo que ele acredita ser inadequado.
Sobre o episódio de 8 de janeiro, Pimenta acredita que a acusação de uma tentativa de golpe de Estado é exagerada, classificando o ocorrido como uma “baderne”. Pimenta também critica a postura de Lula em relação a Bolsonaro, sugerindo que ele deveria se basear em questões políticas em vez de tentar desconstruir o ex-presidente. Por fim, o líder do PCO afirma que a decisão de tornar Bolsonaro inelegível foi irregular e que a condenação do ex-presidente por uma coletiva de imprensa é injusta.