O comediante Leo Lins tornou-se réu em um processo acusado de “promover ódio e enredos discriminatórios, injuriosos e humilhantes”, direcionados especialmente a negros, pessoas com deficiência e nordestinos. O anúncio foi realizado pelo Ministério Público do Estado de São Paulo (MPSP) na última terça-feira (5).
Conforme o comunicado emitido pela MPSP, o humorista “desafia autoridades de vários Estados em seus shows e nas redes sociais”. O órgão evidenciou que as ações de Lins motivaram a criação de uma força-tarefa para conter os “delitos de ódio”, uma iniciativa que envolveu o braço de crimes virtuais do MPSP, o CyberGaeco, e a Promotoria de Direitos Humanos.
A declaração do Ministério Publico apontou que a intervenção teve por objetivo a aplicação de multas, caso o comediante continuasse a disponibilizar conteúdo capaz de humilhar, constranger e injuriar grupos minoritários.
Adicionalmente, a Justiça determinou o bloqueio de todas as contas bancárias de Leo Lins, além de um valor específico de R$ 300 mil. O canal do humorista no YouTube e sua conta no TikTok também foram suspensos por um período de 90 dias.
É relevante ressaltar que esta não é a primeira vez que o artista é envolvido em controvérsias relacionadas ao conteúdo de suas produções. Em maio deste ano, Lins foi obrigado a remover um show de humor da internet por conter piadas caracterizadas como preconceituosas. Na ocasião, ele também recebeu uma proibição de publicar novos conteúdos ofensivos em suas redes sociais, assim como de deixar disponíveis vídeos e publicações de “conteúdo depreciativo ou humilhante”.
Até o presente momento, Leo Lins não se manifestou publicamente sobre o caso. Nosso veículo de imprensa continua aberto e o conteúdo desta notícia será atualizado caso o comediante ou sua equipe emitam alguma declaração sobre as acusações.