Kim Jong Un Despacha Primeiro Submarino Nuclear Tático da Coreia do Norte, Ignorando Ameaças Internacionais

A Coreia do Norte deu mais um passo em direção à uma forte presença militar no Mar do Japão com o lançamento de seu primeiro submarino tático de ataque nuclear. De acordo com a imprensa estatal da Coreia do Norte, a embarcação foi enviada para uma frota que patrulha as águas entre a península coreana e o Japão.

Batizado de “Herói Kim Kun Ok”, o submarino nuclear n.º 841 foi lançado em uma cerimônia na quarta-feira, 6. Durante a cerimônia, o ditador Kim Jong Un mencionou que o submarino será um dos principais “meios ofensivos subaquáticos da força naval” do país.

O submarino “Herói Kim Kun Ok” parece ser uma versão modificada de embarcações da classe Romeo da era soviética. De acordo com analistas entrevistados pela CNN, a Coreia do Norte adquiriu este tipo de submarino da China nos anos 1970 e iniciou a produção doméstica.

Além disso, o submarino, que possui 10 escotilhas para lançamento de tubos, pode estar armado com mísseis balísticos e de cruzeiro. No entanto, Vann Van Diepen, ex-especialista em armas do governo dos EUA, afirmou que estas armas provavelmente não acrescentarão muito às forças nucleares terrestres mais robustas da Coreia do Norte.

Ele explicou que os submarinos antigos usados como base para o novo modelo são barulhentos, lentos e de alcance limitado, o que, em sua opinião, tornaria o novo submarino extremamente vulnerável a ataques anti-submarinos alheios.

Embora as forças militares da Coreia do Sul acreditem que a Coreia do Norte esteja exagerando sua capacidade militar, eles não descartam as possíveis ameaças que o novo submarino poderia representar para a segurança regional.

Por outro lado, declarações recentes do secretário-chefe de gabinete japonês, Hirokazu Matsuno, mostram que o Japão também está preocupado com a expansão militar da Coreia do Norte. Ele alertou que a atividade militar crescente do país vizinho representa uma ameaça maior e mais urgente para a segurança do Japão do que antes.

Enquanto a comunidade internacional mantém os olhos voltados para a Coreia do Norte e suas pretensões militares, a missão de manter a paz e a estabilidade na região torna-se cada vez mais desafiadora.