Justiça Federal barra show ‘Diferentão 2’ de Dilsinho em Ouro Preto; Entenda as razões

A Justiça Federal determinou a suspensão do show “Diferentão 2” do cantor Dilsinho, previsto para ocorrer neste domingo (10) em Ouro Preto, na região central de Minas Gerais. A organização do evento poderá ser multada em R$ 1 milhão caso descumpra a ordem judicial. O valor inicial da multa era R$ 500 mil, no entanto, foi alterado pela Justiça para R$ 1 milhão.

Mesmo em face da decisão, a prefeitura de Ouro Preto manteve a realização do show, esclarecendo que todas as medidas de segurança necessárias para o evento foram devidamente atestadas pelo Corpo de Bombeiros.

Levando em consideração um incêndio que ocorreu na Praça Tiradentes no dia 1º de julho deste ano, a Justiça determinou que não sejam realizados eventos de grande porte no local antes da apuração completa das causas do incidente. Ademais, solicitou a criação de um “Plano de Gestão de Risco para o Conjunto Urbano Tombado de Ouro Preto”.

A situação foi levantada pelo Ministério Público Federal (MPF) e o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), que pediram a suspensão do show devido à falta de autorização do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) para a realização do evento e a possibilidade de incêndios.

A determinação foi proferida pelo juiz João Batista Ribeiro, da Justiça Federal nesta sexta-feira (8). Além da suspensão do show, o juiz exigiu que a prefeitura e os organizadores do evento atendam às orientações do Iphan “para garantir a segurança do público e dos monumentos históricos da cidade”.

Após a decisão, a prefeitura de Ouro Preto recorreu, salientando que toda documentação necessária para a realização do show já havia sido enviada aos órgãos competentes e aprovada pelo Corpo de Bombeiros. Foi declarado que a Procuradoria Municipal de Ouro Preto tomou as medidas jurídicas necessárias e que um recurso foi apresentado ao juízo.

A equipe de produção de Dilsinho tentou recorrer da decisão, mas foi impedida pela Polícia Militar em razão da liminar concedida. A prefeitura acredita que suas justificativas são suficientemente fundamentadas para que o evento, que foi agendado com antecedência, seja mantido.

Até o momento desta reportagem, o G1 tentava contato com a assessoria do artista Dilsinho, sem retorno.