O ator José de Abreu relembrou recentemente as repercussões de suas declarações sobre o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, ocorrido em 2016. Em participação no programa Domingão do Faustão, pela Rede Globo, o veterano da dramaturgia criticou a ação de Eduardo Cunha, então presidente da Câmara, e dos parlamentares que votaram contra a petista. José de Abreu, que descreveu sua vida como ‘um inferno’ após as declarações, aproveitou o momento para ressaltar que o Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1) manteve, por unanimidade, o arquivamento de uma ação de improbidade contra Rousseff.
O foco da ação, relacionada às controversas “pedaladas fiscais”, foi um dos principais elementos que levaram à saída da ex-mandatária antes do fim de seu segundo mandato. Revelando as consequências pessoais de seu posicionamento político, Abreu destacou que, após suas críticas televisivas, sofreu inúmeros ataques, foi forçado a se mudar para fora do Brasil e, ao retornar, teve que mudar-se constantemente. Segundo ele, cada novo papel em uma novela exigia um novo endereço para garantir sua segurança.
As alegações de José de Abreu surgiram em um momento em que a situação de Eduardo Cunha complicou-se consideravelmente. O ex-presidente da Câmara, acusado de uma série de corrupção, teve seu mandato cassado e chegou a ser preso na Operação Lava Jato. Atualmente solto, Cunha foi referido por Abreu como “ladrão” na ocasião do impeachment de Rousseff, ocorrido sob sua presidência na Câmara. Reafirmando seu apoio a Dilma e Lula (PT), e conhecido por sua posição política à esquerda, o ator tem sido alvo frequente de ataques nas redes sociais.