O Banco Itaú fechou, desde o ano passado, 78 agências sem fornecer explicações claras aos seus clientes. No município paulista de São Carlos, por exemplo, a unidade bancária localizada na rua Miguel Petroni cessou suas operações na semana passada, o fechamento foi percebido pelos moradores que notaram as portas do prédio fechadas por dias consecutivos. Porém, a situação extrapola os limites do município; em Belo Horizonte, 12 unidades foram encerradas em 2023 e em São Paulo, o número chegou a 80, segundo apuração do portal “Seu Crédito Digital”.
A instituição bancária informou que os fechamentos estão associados às mudanças no comportamento de consumo dos seus clientes. Conforme argumento do Itaú, a busca por facilidade e atendimento digital vem substituindo a necessidade de visitas presenciais às agências, contribuindo para o avanço do digital em detrimento do modelo físico de atendimento. Nesse sentido, a “redução de custos” com aluguel, folha de pagamento e outras despesas têm sido justificada pela priorização dos investimentos em seus serviços digitais.
Entretanto, a reestruturação tem levantado preocupações no que tange ao desligamento de funcionários. O Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região manifestou-se contra os fechamentos e está cobrando uma ação por parte das agências a fim de cessar as demissões em massa. O episódio acentua a discussão sobre a transformação digital no setor bancário e seus reflexos na economia e no mercado de trabalho.