A Polícia Federal concentra esforços para entender o papel de Diego Torres Dourado, irmão da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL), no caso investigado de extravios e vendas de joias recebidas pelo entorno do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Dourado, que atualmente atua como assessor especial do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), é mencionado em mensagens encontradas no celular de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens, cujo depoimento é o foco principal da operação executada pela PF na quinta-feira passada.
As suspeitas ao redor de Dourado surgem a partir de um conjunto de joias que foram extraviadas do Brasil em 2022, envolvendo uma escultura de palmeira e um barco de ouro, presentes recebidos por Bolsonaro durante sua viagem ao Bahrein. Segundo mensagens trocadas no WhatsApp entre Marcelo Camara, assessor do ex-presidente, e Mauro Cid, uma mala contendo as referidas esculturas teria sido entregue a Cid pelo irmão de Michelle Bolsonaro, para ser levada aos Estados Unidos.
Houve uma tentativa frustrada de venda das esculturas em Miami, onde lojas especializadas em venda de ouro foram investigadas e visitadas, evidenciando o envolvimento de Mauro Lourenna Cid, pai do ex-ajudante de ordens. Segundo a PF, as peças não possuíam o valor patrimonial esperado pelos envolvidos, o que acabou inviabilizando a venda. Até o presente momento, Michelle Bolsonaro e o governo de São Paulo ainda não se pronunciaram sobre o envolvimento de Dourado e a CNN segue em busca de um pronunciamento do mesmo.