A inflação de outubro deve ser divulgada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) às 9h desta terça-feira, 12. O mercado espera que o IPCA desacelere no acumulado anual, passando dos 5,19% registrados em setembro para 4,87% no mês passado. O número ainda está acima do limite da meta do Banco Central, que é 3,25% mais uma variação de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.
Na leitura mensal, a pressão sobre os preços deve avançar de 0,26% para 0,29%, de acordo com as expectativas de mercado. Um resultado abaixo das expectativas pode ajudar a arrefecer as apostas de uma alta mais agressiva da Selic no próximo encontro do Copom, em dezembro.
No entanto, mesmo que o IPCA de outubro venha abaixo das expectativas, o mercado ainda espera que o BC continue elevando os juros para conter a inflação. A maioria dos analistas aposta em uma alta de 1 ponto percentual na Selic, para 9,25% ao ano.
Além da inflação, o mercado também monitora o cenário político e corporativo. Na política, o recesso parlamentar deve diminuir a exposição na mídia das negociações sobre a Reforma Tributária e da meta fiscal. No entanto, o governo e a equipe econômica devem aproveitar o recesso para se reorganizar e unificar o discurso sobre os temas.
No cenário corporativo, os investidores respondem à grande quantidade de balanços apresentados ontem, com destaque especial à Petrobras. A petroleira divulgou, ontem após o fechamento, queda de mais de 40% no lucro da companhia em um ano, acompanhados do pagamento de dividendos de R$ 26,6 bilhões. Nos Estados Unidos, a ADR (Recibo de Depósito Americano, na sigla em inglês) da Petrobras sobe mais de 1% antes da abertura.
Por fim, as commodities seguem em alta. O minério de ferro avançou 1,02% na primeira parte da sessão em Singapura, a US$ 126,55 a tonelada. O petróleo também se recuperava dos recuos recentes e subia 1%, às 7h40, cotado a US$ 80,81 o barril do tipo Brent.