Em meio a investigações contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), governistas expressaram apreensão sobre uma possível prisão do político. Aliados do atual presidente, Lula (PT), também compartilham dessa preocupação, temendo que uma eventual detenção possa acirrar as divisões na sociedade brasileira. A militância petista, por sua vez, planeja levar a reivindicação para as ruas nas manifestações previstas para o 7 de setembro.
Bolsonaro é alvo de apurações apontando a existência de um possível golpe de Estado orquestrado em torno dele e tentativas de barrar a posse do novo presidente, em 1º de janeiro. Além disso, vieram à tona indícios de sua tentativa de comercializar presentes recebidos em visitas oficiais a países do Oriente Médio. Entretanto, parlamentares próximos a Lula citaram as acusações já anuladas contra o presidente petista e a absolvição de Dilma Rousseff (PT) como possíveis previsões do que pode ocorrer com Bolsonaro.
Apesar das preocupações, integrantes do governo concordam que, se uma prisão ocorrer, deve ser em conformidade com a requisição do Ministério Público Federal e com evidências sólidas. O diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, reafirmou, em entrevista ao UOL, que as investigações devem se basear na lei e na qualidade das provas. Ele destacou que, embora o cenário de prisão seja possível, a discussão é hipotética até que todos os requisitos legais sejam atendidos.