Mundo

Inventor da Namíbia cria celular que funciona com ondas de rádio, sem chip ou internet

Inventor da Namíbia cria celular que funciona com ondas de rádio, sem chip ou internet

Um engenheiro da Namíbia, Simon Petrus, desenvolveu um protótipo de telefone celular capaz de realizar chamadas e enviar mensagens sem a necessidade de cartão SIM, conexão com a internet ou cobertura de operadoras convencionais. A informação, originalmente divulgada pelo portal Terra Brasil Notícias, destaca que o aparelho utiliza frequências de rádio para estabelecer comunicação.

Tecnologia e Sustentabilidade

De acordo com a publicação original, o dispositivo foi construído a partir de componentes eletrônicos reciclados de aparelhos de rádio e televisão descartados. O funcionamento se baseia na transmissão de dados por ondas de rádio, uma tecnologia similar à de walkie-talkies, mas integrada a funcionalidades de um telefone. Além de fazer chamadas, o aparelho inclui recursos adicionais como uma pequena tela de TV, um ventilador, uma luz de LED e portas USB.

Apesar de o tema ter ganhado atenção recentemente, a invenção foi desenvolvida há alguns anos. Reportagens da época, como uma da BBC de 2018, mostravam o jovem inventor demonstrando o protótipo, que já havia lhe rendido prêmios em feiras de ciências locais. O projeto nasceu da necessidade de criar uma solução de comunicação para áreas rurais e remotas da Namíbia, onde a infraestrutura de telecomunicações é precária ou inexistente.

Desafios para a Produção em Larga Escala

O texto inicial aponta que, apesar do reconhecimento em competições locais, Simon Petrus enfrenta dificuldades para obter financiamento e apoio oficial que viabilizem a produção em massa de sua invenção. A ausência de investidores e a necessidade de certificações técnicas são os principais obstáculos para que o telefone chegue ao mercado.

A invenção representa uma potencial solução de baixo custo para a inclusão digital, podendo democratizar o acesso à comunicação em comunidades isoladas. No entanto, sem o investimento necessário para refinar o projeto e escalar a produção, o dispositivo permanece como um protótipo funcional com grande potencial não explorado.