O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), principal indicador da inflação no país, registrou alta de 0,43% em abril, conforme divulgado nesta sexta-feira (9) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Apesar de ter recuado em relação a março, quando ficou em 0,56%, este foi o maior índice para o mês de abril desde 2023.
Com o resultado, a inflação oficial acumula 2,48% em 2024. No acumulado dos últimos 12 meses, a taxa chegou a 5,53%, levemente acima dos 5,48% registrados nos 12 meses anteriores.
Alimentos continuam pressionando o índice
Entre os nove grupos pesquisados pelo IBGE, apenas o setor de transportes não apresentou variação positiva. O maior impacto para a inflação de abril veio de alimentos e bebidas, com destaque para o aumento nos preços de itens básicos. Já o grupo com maior variação foi saúde e cuidados pessoais, que subiu 1,18%, seguido por vestuário, com alta de 1,02%.
A alimentação respondeu por 0,18 ponto porcentual da inflação do mês. Os medicamentos, afetados por um reajuste autorizado de até 5,09% desde 31 de março, contribuíram para o avanço de 2,32% no preço dos produtos farmacêuticos. Itens de higiene pessoal também apresentaram elevação de 1,09%.
No grupo vestuário, os maiores aumentos foram observados em:
- Roupas femininas (+1,45%)
- Roupas masculinas (+1,21%)
- Calçados e acessórios (+0,60%)
Destaques da alimentação
A alta no grupo de alimentação e bebidas desacelerou de 1,17% em março para 0,82% em abril. Dentro desse grupo, a alimentação no domicílio apresentou variação de 0,83%, influenciada principalmente pelos seguintes produtos:
- Batata-inglesa: +18,29%
- Tomate: +14,32%
- Café moído: +4,48%
Alguns itens registraram queda, ajudando a conter a inflação do setor:
- Cenoura: -10,40%
- Arroz: -4,19%
- Frutas: -0,59%
Já a alimentação fora do domicílio teve aumento de 0,80%, levemente acima do 0,77% registrado em março. O subitem lanche acelerou para 1,38%, enquanto o item refeição mostrou desaceleração, com variação abaixo dos 0,86% do mês anterior.