De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), entre 2008-2009 e 2017-2018, o Brasil registrou uma queda na pobreza e na vulnerabilidade social. O Índice de Pobreza Multidimensional (IPM) registrou um decréscimo de 6,7 para 2,3, representando uma retração de 65%, enquanto o Índice de Vulnerabilidade Multidimensional (IVM) caiu 47%, saindo de 14,5 para 7,7.
Apesar da melhora, a desigualdade social persiste sendo uma questão preocupante no país. Familíais cujo responsável é preto ou pardo, ou tem menor grau de instrução ou renda, continuam tendo um número mais elevado de pessoas na pobreza ou numa situação de vulnerabilidade socioeconômica. Além disso, questões relacionadas à falta de acesso a serviços financeiros, à educação, e ao transporte e lazer ainda impactam significativamente as famílias brasileiras.
O estudo do IBGE também aponta que, para um combate eficaz à pobreza, todas as dimensões devem ser consideradas e estratégias multidimensionais devem ser adotadas. Conforme Leonardo Santos de Oliveira, analista da pesquisa, prioridades devem ser dadas para melhorar a saúde e a alimentação, a educação e o acesso aos serviços financeiros. Entretanto, vale ressaltar que a pesquisa não contempla os efeitos da pandemia no acesso a bens básicos como moradia e educação, fatores que são critérios para determinar a pobreza e a vulnerabilidade.