O incêndio florestal ocorrido na ilha de Maui, localizada em Lahaina, Havaí, já resultou na morte de 96 pessoas, tornando-se a ocorrência mais mortal do tipo nos Estados Unidos nos últimos 100 anos. A última grande tragédia foi registrada em 2018, no norte da Califórnia, com um total de 95 vítimas fatais. A Ilha do Pacífico, conhecida por suas espetaculares praias e paisagens, hoje vive o pesadelo das chamas que consomem suas terras e vitimam seus habitantes.
Segundo informações do jornal The New York Times, os bombeiros que atuam no combate ao incêndio estão lidando com uma série de dificuldades, entre elas a falta de água nos hidrantes. O cenário crítico intensifica o debate sobre falhas de prevenção e gestão da crise. Diante dos fatos, já foi instaurada uma investigação oficial para apurar as causas do incêndio. As autoridades locais consideram que a disseminação das chamas pode ter sido potencializada pela proliferação de plantas invasoras, que embora sejam nativas da África, têm sido utilizadas para alimentação de gado após o fim do cultivo de cana-de-açúcar na região nos últimos anos.
O trágico incidente iniciou-se na terça-feira, 8 de outubro, quando um incêndio foi reportado na cidade de Kula, localizada a aproximadamente 55km de Lahaina. Diante do avanço das chamas, moradores e turistas temeram por suas vidas e buscaram refúgio no mar, sendo posteriormente resgatados pela Guarda Costeira. A calamidade representa não apenas mais uma grande preocupação local, mas também soa um alarme crítico sobre a urgência da discussão a respeito das mudanças climáticas e gestão ambiental eficiente.