A inadimplência empresarial no Brasil atingiu um novo recorde em julho, com cerca de 6,55 milhões de empresas enfrentando atrasos de pagamentos. Os dados, obtidos em um levantamento realizado por Serasa Experian e divulgados pela Globo News na quinta-feira (7), representam o maior número de negócios inadimplentes na história da série, que começou em 2016.
O acréscimo no número de empresas inadimplentes é notável em comparação aos anos anteriores. Em janeiro deste ano, o número era 6,53 milhões, um pouco abaixo do recém-registrado. Enquanto isso, em julho do ano passado, o total era de 6,18 milhões de empresas.
Desagregando os dados por setores, fica evidente o impacto desigual da inadimplência empresarial. O setor de serviços foi o maior contribuinte para esses números, totalizando 54,2% de todas as empresas inadimplentes. Em seguida está o comércio, responsável por 36,9% desta inadimplência e, por fim, a indústria, que contribuiu com 7,6%.
A inadimplência empresarial é frequentemente citada como um barômetro da saúde financeira das empresas e, por extensão, da economia em geral. O recente aumento nesses números indica que muitas empresas ainda estão lutando para manter seus compromissos financeiros em meio às incertezas econômicas da pandemia e das oscilações de mercado.
Especialistas alertam que o aumento na inadimplência empresarial é um sinal preocupante para a economia brasileira. Uma alta inadimplência pode levar a uma onda de falências, o que pode causar um efeito dominó na economia, afetando o emprego, o investimento e, finalmente, o crescimento do Produto Interno Bruto.
A alta inadimplência também reflete efeitos interligados como restrições de crédito, alavancagem excessiva e dificuldades de caixa em meio à desaceleração econômica. Os especialistas estão de olho em como essa situação irá evoluir nos próximos meses, quais medidas o governo irá adotar para proteger as empresas e quais serão as estratégias destas para se manterem solventes.