Política

Guiné-Bissau vive instabilidade política após tentativa de golpe e dissolução do parlamento

Guiné-Bissau vive instabilidade política após tentativa de golpe e dissolução do parlamento

A Guiné-Bissau atravessa um período de acentuada instabilidade política, marcado por uma tentativa de golpe no final de 2023 e a subsequente dissolução do parlamento pelo presidente Umaro Sissoco Embaló. Um conteúdo originalmente veiculado pelo portal Terra Brasil Notícias descreveu uma tomada de poder por militares que teria deposto o presidente. Contudo, os fatos verificados remetem a uma crise real ocorrida em dezembro de 2023, e não a um evento futuro como sugerido pela data na publicação original.

Contexto da Crise Recente

A crise intensificou-se em 1º de dezembro de 2023, quando confrontos armados eclodiram na capital, Bissau, entre membros da Guarda Nacional e forças especiais do palácio presidencial. O conflito ocorreu enquanto o presidente Embaló estava no exterior para participar da cúpula do clima COP28, em Dubai. Ao retornar, o chefe de Estado classificou os acontecimentos como uma “tentativa de golpe de Estado”.

Ações do Presidente e Repercussão

Em resposta aos confrontos, o presidente Umaro Sissoco Embaló dissolveu a Assembleia Nacional Popular (o parlamento do país) em 4 de dezembro de 2023. A medida, anunciada por meio de um decreto presidencial, aprofundou a crise institucional, conforme noticiado por veículos como o G1. A Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) condenou a violência e manifestou apoio ao governo constitucional, reforçando a preocupação regional com a estabilidade do país, que possui um longo histórico de golpes militares.

Cenário de Incerteza e Desafios

Com o parlamento dissolvido, a Guiné-Bissau enfrenta um futuro incerto. A principal tarefa do governo é restaurar a ordem institucional e garantir a estabilidade necessária para a realização de novas eleições legislativas. A comunidade internacional acompanha a situação com atenção, temendo que a crise política possa reverter avanços democráticos e agravar os desafios socioeconômicos do país. A restauração da confiança nas instituições e o diálogo entre as forças políticas são vistos como passos cruciais para superar o impasse atual.