Diversos grupos paramilitares estão em ascensão na Rússia, com cerca de 30 dessas organizações operando atualmente, apesar de serem oficialmente proibidos. Grande parte desses grupos nasceram após 2014 e foram criados como resposta ao prolongamento da guerra na Ucrânia. Muitos paramilitares estão agora procurando preencher o espaço deixado pelo Grupo Wagner após a morte de Yevgeny Prigozhin. Independentemente do tamanho, quase todos esses grupos têm construído uma reputação a partir de atuações violentas na Rússia e em outras regiões, como na Ucrânia, Oriente Médio e África.
Os paramilitares têm desempenhado um papel importante no suprimento de soldados para o combate na Ucrânia. Um desses grupos paramilitares é conhecido como Redut, uma unidade do serviço secreto russo. Acredita-se que o Redut tenha sido apoiado pelo bilionário russo Gennady Timchenko e desempenhou um papel significativo na guerra na Ucrânia concorrendo com o Grupo Wagner.
Outros grupos como o Batalhão Potok e o Convoy, têm ligações com empresas estatais e com a liderança política, respectivamente. Gazprom, a gigante estatal do gás natural da Rússia, está usando as empresas estatais do governo para criar grupos paramilitares privados. O Convoy, por outro lado, é um projeto pessoal do governador russo da província ocupada da Crimeia, Sergey Aksyonov. O Patriot, um grupo paramilitar fundado em 2018, é notável por suas ligações diretas com a mais alta cúpula política russa, incluindo o ministro da Defesa, Serguei Shoigu.