O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) estuda usar uma estratégia semelhante à “pedalada fiscal” para manter o ritmo de obras em 2024, sem necessariamente comprometer o déficit zero previsto para o ano que vem.
A estratégia, encabeçada pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, prevê usar parte do orçamento de 2024 para turbinar os chamados “restos a pagar” de 2023 até pelo menos março do ano que vem.
Dessa forma, o governo teria como manter o atual ritmo de obras, enquanto o time de Haddad busca novas receitas para, ao mesmo tempo, pagar as dívidas de 2023 e financiar obras no ano que vem.
A ideia é controversa, pois pode ser interpretada como uma forma de maquiagem das contas públicas. A “pedalada fiscal” foi uma prática comum do governo Dilma Rousseff (PT), que consistia em atrasar o pagamento de dívidas para melhorar artificialmente as contas públicas.
O ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa, tem defendido a revisão da meta fiscal justamente para evitar contingenciamento de recursos no ano que vem. No entanto, o presidente Lula ainda não bateu o martelo sobre essa estratégia.
Amanhã, Lula, Haddad e Costa devem conversar para decidir se adotarão, ou não, o plano.