O Ministério de Minas e Energia publicou uma resolução que endurece as regras de eficiência energética para geladeiras e congeladores de uso doméstico. A medida, que começa a valer em 31 de dezembro deste ano, deve reduzir o consumo de energia elétrica do setor em 17% até 2030.
No entanto, a indústria teme que a medida também encareça o preço dos produtos, tornando-os menos acessíveis para a população de baixa renda. De acordo com a Eletros, entidade que representa o setor, as geladeiras mais baratas podem chegar a custar R$ 5.280, ou mais de quatro salários mínimos.
A medida do ministério prevê que, a partir de 31 de dezembro de 2023, só poderão ser fabricados e importados refrigeradores que tenham um índice máximo de 85,5% do consumo padrão de energia. Já a partir de 31 de dezembro de 2025, esse teto será reajustado para 90%.
A Eletros afirma que, com as novas regras, os fabricantes terão que investir mais em tecnologia para produzir geladeiras mais eficientes, o que vai elevar os custos de produção. Além disso, a entidade diz que a medida vai reduzir a concorrência no mercado, já que as empresas menores terão mais dificuldade de se adequar às novas regras.
O ministério, por sua vez, afirma que a medida é necessária para reduzir o consumo de energia elétrica e os impactos ambientais do setor. A pasta também diz que as novas regras não devem impactar significativamente o preço das geladeiras, já que o custo do produto está mais relacionado à capacidade de armazenamento do eletrodoméstico do que à eficiência energética.
Ainda é cedo para dizer qual será o impacto real da medida do ministério. No entanto, é possível que ela leve a um aumento no preço das geladeiras, o que pode dificultar o acesso a esse produto para a população de baixa renda.