O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), participou do desfile do Sete de Setembro em um tanque do Exército. O evento aconteceu no Anhembi na Zona Norte da capital paulista e contou com a presença de várias autoridades, além de celebração do público.
Na ocasião, Tarcísio de Freitas seguiu os passos de outros governadores conhecidos por suas inclinações bolsonaristas, ao desfilar em um tanque para saudar as tropas. Uma atitude similar foi tomada pelo ex-governador do Rio, Wilson Witzel (PMB), e o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), que participaram de desfiles similares em 2019 e 2022, respectivamente.
Trata-se de uma postura inédita para um governador de São Paulo, principalmente se comparada às decisões de ex-governadores como João Doria (sem partido) e Rodrigo Garcia (PSDB). No ano passado, Garcia, que então concorria à reeleição, optou por uma visita ao Museu do Ipiranga, ao invés do tradicional desfile.
Neste ano, o palanque foi dividido por Freitas e o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB). O desfile ocorreu no Sambódromo do Anhembi e se encerrou após a passagem da cavalaria, por volta das 11h30, logo após a saída do governador.
As forças de segurança – Polícia Militar e Guarda Civil Metropolitana – foram saudadas pelo público quando passaram pelo palanque com as autoridades, por volta de 11h. O presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo, Ricardo Anafe, estava ao lado de Tarcísio e Nunes durante o evento. Outra personalidade política presente foi o deputado federal Celso Russomano (Republicanos).
O desfile do Sete de Setembro, um marco da independência do Brasil, é um palco tradicional para a demonstração da força e união das autoridades. A decisão do governador Tarcísio de Freitas de participar do desfile em um tanque de guerra, sem dúvida, enviou uma forte mensagem, embora possa gerar debates e questionamentos sobre o papel das forças armadas na política brasileira.