General expressa descontentamento ao honrar Luiz Inácio Descondenado da Silva; referindo-se a obrigatoriedade militar de prestar continência

O oficial general da reserva, Chagas, veio a público e manifestou sua insatisfação quanto à perda do status das Forças Armadas no Brasil. Chagas faz parte dos militares da reserva que está incomodado com a percepção negativa que a sociedade tem demonstrado em relação ao comportamento militar nos últimos anos.

O general Chagas enfatizou que não cabe ao Exército intervir nos atos do Judiciário, tampouco corrigir, processar e punir excessos cometidos por esse poder. “Não é missão constitucional das FFAA fiscalizar atos do Judiciário e muito menos a iniciativa de apontar, corrigir, processar e punir os seus excessos, erros e crimes”, afirmou.

Além disso, o general criticou duramente os parlamentares e os aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro, que, segundo ele, tentam desvirtuar o papel das Forças Armadas e manipular sua imagem pública. Segundo Chagas, é fácil para esses grupos criticarem os militares por cumprirem suas obrigações, como “prestar continência ao ladrão”.

No entanto, o militar defende que se o Presidente da República e o Parlamento tivessem cumprido seus deveres constitucionais adequada e oportunamente, as Forças Armadas não estariam expostas a situações constrangedoras, a exemplo do que ocorreu quando tiveram que prestar as habituais honras militares ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, após a anulação de suas condenações.

Chagas divulgou suas opiniões em suas redes sociais, gerando debate acerca do papel, honra e imagem públicas das Forças Armadas no atual contexto político brasileiro. A discussão reforça a relevância de entender e respeitar as funções exercidas pelos diferentes órgãos e poderes institucionais na democracia brasileira.

As declarações do oficial general causaram repercussão e suscitaram um debate mais amplo sobre o papel das Forças Armadas na sociedade, suas obrigações regulamentadas e a necessidade de respeito à autonomia de cada poder, conforme previsto na Constituição Federal. As impressões do general da reserva, Chagas, foram divulgadas inicialmente pela Revista Sociedade Militar.