Deputados federais gastaram pelo menos R$ 19,2 milhões em aluguel de carros este ano, de acordo com levantamento do Metrópoles. Esses gastos estão relacionados ao mandato e podem ser reembolsados pela Câmara dos Deputados. Os números estão atualizados até o dia 4 de setembro e devem aumentar, já que os parlamentares têm até 90 dias para enviar suas notas fiscais para serem reembolsados.
Os valores disponíveis para cada parlamentar variam conforme a unidade da Federação que os elegeu. Os deputados do Distrito Federal têm acesso a aproximadamente R$ 36,5 mil, enquanto os do Acre dispõem de R$ 50,4 mil.
Entre fevereiro e maio deste ano, considerando apenas os meses com valores consolidados, houve um aumento de 20% no volume de recursos utilizados em relação ao mesmo período do ano anterior.
No ranking das maiores quantias, sete deputados gastaram R$ 50.852 cada um, atingindo o teto de R$ 12.713 nos meses analisados.
Além dos gastos com aluguel de veículos, os deputados também podem utilizar a cota parlamentar para contratar viagens por aplicativo, como o Uber, que geralmente representa uma opção mais econômica. Desde o início da atual legislatura, os parlamentares utilizaram ao menos R$ 158 mil para pagar viagens de Uber.
Muitos deputados afirmam que optam por empresas de transporte por aplicativo por ser uma alternativa mais barata do que pagar aluguel de carro e combustível, além de ressaltar que os valores são compatíveis com a prática do mercado. Todas as despesas reembolsadas passam por rigoroso controle da Câmara dos Deputados e só são autorizadas se estiverem em conformidade com suas resoluções.