O longa-metragem “Golda – A Mulher de Uma Nação” retrata o período mais tenso da vida de Golda Meir, a primeira e única mulher que assumiu o posto de primeira-ministra de Israel. Tendo sido embaixadora da extinta União Soviética, ministra do Interior, Relações Exteriores e do Trabalho, ela enfrentou seu maior desafio em 1973, aos 75 anos. Um dia antes do feriado judaico de Yom Kippur, o Egito e a Síria lançaram um ataque surpresa contra Israel. O papel da Dama de Ferro de Israel é interpretado pela notável atriz Helen Mirren, premiada com o Oscar de melhor atriz em 2007 por sua interpretação da rainha Elizabeth II no filme “A Rainha”.
O filme, que chega às telonas nesta quinta-feira (31), busca retratar a forma como Meir, já em idade avançada e com a saúde debilitada, gerenciou uma situação extremamente estressante, conforme explica seu roteirista, Nicholas Martin. Segundo ele, Meir tornou-se primeira-ministra e enfrentou, de repente, a necessidade de liderar o país em batalha, algo que ela nunca imaginou ter de fazer. Como conta Martin, apesar do contexto histórico ser “profundo e complicado”, a trama foi pensada de modo a destacar como Meir conseguiu acalmar todos e, de alguma forma, permitir que o país passasse por aquele momento terrível.
O roteirista diz ter trabalhado na trama por mais de um ano e que se debruçou sobre uma grande quantidade de informação para compreender em profundidade a trajetória de Golda Meir, a Guerra de Yom Kippur e o contexto histórico de Israel. Para isso, detalha, ele teve de organizar todas as informações lidas em uma grande planilha, em que registrou cada dia da guerra ou do período que a antecedeu, bem como as atividades de todos os personagens envolvidos. Para Martin, apesar de ter tentado contextualizar ao máximo a complexa situação, ele acredita que o público poderá precisar ver o filme mais de uma vez para entender completamente a história.