Amanda Caroline de Almeida, de 31 anos, promotora de eventos e mãe de três filhos, foi assassinada por seu ex-marido, Carlos Eduardo de Souza Ribeiro, de 35 anos, no último domingo (18). O crime ocorreu em Osasco, na Grande São Paulo, e o corpo da vítima foi jogado no Rio Tietê. Carlos Eduardo confessou o feminicídio e está preso preventivamente.
Histórico do relacionamento
Amanda e Carlos Eduardo mantiveram um relacionamento de 16 anos, do qual nasceram três filhos, de 14, 7 e 5 anos. O casal havia se separado há cerca de dois meses, mas continuava tendo contatos esporádicos. Em novembro de 2024, participaram juntos do quadro “Minha Mulher que Manda”, do programa “Domingo Legal”, exibido pelo SBT.
O crime
Na noite do crime, Amanda deixou os filhos na casa do ex-marido para sair com uma amiga. Ao retornar, pediu para ser deixada a algumas quadras de sua residência ao perceber o carro de Carlos Eduardo estacionado nas proximidades. Inicialmente, o suspeito alegou que o veículo estava com problemas mecânicos e negou envolvimento no desaparecimento da ex-companheira. No entanto, imagens de câmeras de segurança mostraram Carlos e seu irmão transportando o corpo de Amanda enrolado em uma manta. Confrontado com as evidências, Carlos confessou ter asfixiado a ex-mulher e jogado o corpo no Rio Tietê.
Investigações e buscas
O irmão de Carlos Eduardo, que teria auxiliado na ocultação do cadáver, também foi preso. As buscas pelo corpo de Amanda continuam no Rio Tietê, especialmente na região da barragem de Edgard de Souza, em Santana de Parnaíba. Equipes dos bombeiros utilizam embarcações e drones para auxiliar nas operações.
Antecedentes de violência
Relatos de familiares e amigos indicam que Amanda havia sido agredida por Carlos Eduardo cerca de um mês antes do crime. Ela teria sido socada no rosto e estrangulada após recusar uma tentativa de reconciliação. Apesar das agressões, Amanda não registrou boletim de ocorrência, possivelmente por receio de prejudicar os filhos.
Repercussão
A morte de Amanda gerou comoção nas redes sociais. A publicitária Carol Mackert, amiga da vítima, lamentou o ocorrido e escreveu: “Parem de nos matar”. A frase tornou-se um apelo contra a violência de gênero.
O caso destaca a gravidade do feminicídio no Brasil e a importância de políticas públicas eficazes para proteger mulheres em situação de vulnerabilidade.