O ministro da Justiça, Flávio Dino, está na mira da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga os ataques contra os Três Poderes. A insistência da oposição para sua convocação ganhou força após a polêmica envolvendo a indisponibilidade das imagens internas do Ministério da Justiça registradas no dia 8 de janeiro. Segundo Flávio Dino, as gravações não existem mais devido a um “problema contratual”.
As imagens internas solicitadas pela CPMI são referentes ao dia 8 de janeiro, porém a solicitação só foi realizada sete meses após a data, tempo que ultrapassa a janela de armazenamento de 15 dias que a pasta tem para as gravações de seu circuito interno de segurança. Apesar das imagens internas não estarem mais disponíveis, as imagens externas do Palácio da Justiça ainda estavam acessíveis e foram encaminhadas à Comissão.
O caso gerou críticas e insinuações por parte da oposição. O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) mencionou a possibilidade de uma “queima de arquivo”. A CNN apurou que, apesar do ocorrido, ainda não há um pedido formal para convocar Flávio Dino a depor especificamente sobre a falta das gravações. Contudo, a pauta pode ser adicionada ao questionário caso algum dos inúmeros pedidos de convocação já feitos ao ministro seja aprovado pela CPMI.