O mundo do funk brasileiro sofre uma grande perda com o falecimento de MC Marcinho nesta sexta-feira (25), aos 45 anos, no Hospital Copa D’Or. Considerado um dos maiores ícones do ritmo no país, o artista, também conhecido como Príncipe do Funk, estava internado no CTI do hospital desde o dia 10 de julho, após sofrer uma parada cardíaca. Durante esse período, os médicos realizaram diversos procedimentos em uma tentativa de salvá-lo, incluindo a implantação de um coração artificial e o uso de um pulmão artificial externo.
MC Marcinho foi um dos criadores do chamado funk melody, um estilo de funk dançante e bastante popular. Ele é autor de grandes sucessos que marcaram gerações como “Glamurosa”, “Rap do solitário”, “Porque te amo”, “Vou catucar”, “Tudo é Festa” e “Garota nota 100″. Sua carreira teve início nos anos 1990, durante o auge da Furacão 2000. Em conjunto com outros artistas renomados do funk, como DJ Marlboro, Claudinho e Buchecha, Copacabana e Latino, Marcinho levou o ritmo para todas as partes do Brasil.
Nascido em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, o artista começou a viver na região de Bangu, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, durante a adolescência, e lá permaneceu. Foi em sua música “Zona Oeste” que ele expressou sua identificação com o bairro: “Eu sou Marcinho de Bangu”. Seu sucesso na década de 1990 também foi impulsionado por programas de TV como o da Xuxa e de Regina Casé, a quem ele expressou grande gratidão. Ele atribuía seu êxito ao fato de produzir um “funk do bem”, com letras que falavam de amor, em contraste com canções que propagam a violência e o excesso de sexualidade.