Ex-prefeito de Catuji e motorista detidos por suspeita de feminicídio contra esposa médica em hotel no Espírito Santo

A médica psiquiatra Juliana Pimenta Ruas El Aouar, de 39 anos, foi encontrada morta em um quarto de hotel em Colatina, no Espírito Santo. O principal suspeito é seu marido, Fuvio Luziano Serafim, de 44 anos, ex-prefeito da cidade de Catuji, Minas Gerais, preso em flagrante sob suspeita de feminicídio. O motorista do casal, de 52 anos, foi igualmente detido.

Juliana e Fuvio, casados há pouco mais de quatro anos, viveram juntos em Teófilo Otoni, cidade de Minas Gerais. Eles têm uma filha juntos. Na ocasião do crime, o casal estava hospedado em um hotel no noroeste do Espírito Santo.

Fuvio, segundo informações da TV Gazeta, afiliada da rede Globo, relatou à polícia que após sua esposa passar por um suposto procedimento cirúrgico em Colatina, na última sexta-feira, ambos foram para uma churrascaria. Alegou também que no retornarem ao hotel e no dia seguinte, ao acordar, encontrou sua esposa desacordada.

No entanto, evidências físicas e testemunhos contradizem o relato de Fuvio. Segundo o motorista do casal, ele foi chamado ao quarto porque Juliana “caíra no banheiro” e precisava de ajuda. No local, a perícia encontrou o quarto revirado, com frascos de remédios quebrados.

Diante deste cenário, tanto Fuvio quanto o motorista foram presos em flagrante por feminicídio e homicídio qualificado por motivo torpe mediante recurso que dificulte ou torne impossível a defesa da vítima.

Aliado aos fatos, Samir Sagi El-Aouar, o pai de Juliana, negou que a filha tinha realizado qualquer cirurgia recente. Além disso, ele relata que Fuvio agredia frequentemente Juliana, alegando, após estas ocorrências, que ela havia sofrido quedas. Segundo Samir, a médica estava tentando se separar do marido, que não aceitava a decisão. “Ele realmente programou o que fez”, disse Samir.

A causa da morte foi confirmada pelo laudo do Instituto Medico Legal como traumatismo craniano e asfixia. A comunidade da pequena cidade mineira de Teófilo Otoni lamenta esta tragédia, que revela um grave problema na sociedade brasileira, onde os casos de violência doméstica e feminicídio continuam se multiplicando. O corpo da médica foi enterrado em Teófilo Otoni, sua cidade natal. As investigações continuam para esclarecer totalmente as circunstâncias da morte de Juliana.