Gonçalves Dias, o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República, irá testemunhar hoje perante a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) em relação a eventos ocorridos em 8 de janeiro. Dias, também conhecido como “G. Dias”, era o responsável pela segurança dos palácios presidenciais no dia dos ataques criminosos às sedes dos Três Poderes. Ele se demitiu do cargo após a CNN mostrar imagens suas no Palácio do Planalto durante as invasões.
A suas defesa afirmou que Dias responderá a todas as perguntas feitas pelos parlamentares com tranquilidade. No entanto, medidas adicionais foram tomadas para proteger seus direitos. A defesa entrou com um pedido de habeas corpus no Supremo Tribunal Federal (STF) para o general, a fim de “assegurar os direitos e evitar possíveis excessos de perguntas fora do escopo da investigação”, afirmou seu advogado. Esta medida foi concedida pelo ministro Cristiano Zanin.
A oposição aponta que Dias precisa justificar o pedido feito ao ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) Saulo Moura Cunha de remover seu nome da lista de alertas de inteligência. Dias afirmou em depoimentos anteriores que solicitou a alteração porque o documento não correspondia à realidade dos fatos. As possíveis contradições nas declarações do general em comparação com outras testemunhas e documentos serão o ponto focal durante o depoimento.