Ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Silvinei Vasques, através de sua defesa, pleiteou junto ao Supremo Tribunal Federal (STF) a anulação de sua prisão preventiva. O principal argumento levado ao tribunal recai sobre a suposta falta de fundamentação legal para a detenção. Vasques é acusado de organizar operações de tráfego durante o segundo turno das eleições presidenciais do ano passado, o que teria dificultado o deslocamento de eleitores.
A imputação contra Vasques, cuja carreira na Polícia Rodoviária Federal se estende por longos 27 anos, vem da Polícia Federal (PF) que aponta para indícios de crimes diversos, incluindo violência política e violação de regras eleitorais. O advogado de defesa, Eduardo Pedro Nostrani, contesta a prisão ratificada pelo Ministro Alexandre de Moraes, alegando que os requerimentos legais para tal medida não foram atendidos. Dentre tais imputações estão prevaricação e obstrução ou dificultação da participação de eleitores.
O Ministro Alexandre de Moraes justifica a manutenção da prisão preventiva de Vasques, evidenciando a severidade das acusações e necessidades de salvaguardar a completude das investigações em curso. Moraes argumenta que as oitivas com agentes da PRF podem ser prejudicadas caso Vasques permaneça livre, tendo inclusive apontado observações de declarações inconsistentes por parte de testemunhas ligadas ao ex-diretor. Com os processos administrativos em andamento, os benefícios integrais concedidos a Vasques quando de sua aposentadoria em dezembro de 2022, podem vir a ser revogados.