Ex-deputado Roberto Jefferson enfrentará júri popular por tentar matar quatro agentes da PF em embate armado

A juíza federal Abby Ilharco Magalhães, da 1ª Vara Federal de Três Rios, decidiu levar a júri popular o ex-deputado federal Roberto Jefferson, acusado de tentativa de homicídio contra quatro policiais federais em 23 de outubro de 2022. Na ocasião, dois agentes da PF tiveram ferimentos leves. Jefferson admitiu ter atirado aproximadamente 50 vezes e arremessado três granadas de luz e som contra os agentes, mas negou a intenção de matá-los.

A magistrada manteve a prisão preventiva de Jefferson, que se encontra internado por autorização do ministro Alexandre de Moraes. A denúncia de dano qualificado foi rejeitada, mas a juíza reconheceu a existência de conexão entre a tentativa de homicídio e os crimes de resistência qualificada, posse ilegal de arma e posse de três granadas adulteradas.

Em agosto, o Ministério Público Federal já havia pedido que o ex-deputado vá a júri popular por quatro tentativas de homicídio com dolo eventual e outros crimes conectados à denúncia, como resistência armada e posse irregular de arma de fogo.

Jefferson está preso desde outubro do ano passado, quando atirou diversas vezes contra policiais federais que cumpriam mandado de prisão expedido por Alexandre de Moraes. Na ocasião, foram apreendidas armas, carregadores e mais de 8 mil munições. De acordo com o MPF, os recursos bélicos e a quantidade de munições utilizadas pelo ex-deputado demonstram que ele assumiu o risco de provocar a morte dos agentes federais.