A ex-assentada Vanuza Souza participou de uma reunião sacramental nesta sexta-feira (25) com a CPI do MST em Prado, Bahia. Ligada a várias figuras políticas, como os deputados Tenente Coronel Zucco, Ricardo Salles e Capitão Alden, Vanuza visitou sua antiga casa, de onde alega ter sido expulsa após ter sido vítima de tortura. A diligência surgiu após depoimentos fornecidos em Brasília, nas quais Vanuza explicou que o castigo foi consequência de sua “escolha por liberdade”.
Em meio ao conflito com o MST, Vanuza enfrenta também um conflito familiar. Seu filho, um ativista do MST, esteve presente na visita à casa, vestindo a camisa do movimento. Questionado se a casa em questão pertencia supostamente a sua mãe, o jovem confirmou. Entretanto, em defesa do MST, ele alegou que Vanuza “causava tumulto à associação”. A justificativa foi rejeitada pelo deputado Zucco, que alegou que nada poderia justificar a violência sofrida por Vanuza.
Paralelo aos dilemas pessoais de Vanuza, a CPI do MST segue sua investigação em meio a um clima acirrado na Bahia, estado com o maior volume de famílias assentadas pelo MST no Brasil. O estado também ocupa o topo do ranking de atuação do movimento, registrando 15 invasões apenas neste ano. Diante desse cenário, a CPI tem tentado desvendar a ligação entre o número de ações do MST e a administração do Partido dos Trabalhadores, em vigor há quase duas décadas na Bahia.