Estrela do cinema adulto brasileira, Elisa Sanches, proíbe uso de sua imagem em inteligência artificial após a morte por meio de testamento; SAIBA MAIS

No mundo da música, tem-se dia após dia explorado as fronteiras do que a tecnologia da inteligência artificial pode fazer. Recentemente, temos visto isso acontecer com a ressurreição de estrelas da música, como aconteceu em um comercial de carros que trouxe novamente a vida a grande voz de Elis Regina e o anúncio de Paul McCartney que músicas inéditas dos Beatles seriam lançadas com a voz de John Lennon, graças à IA.

Apesar dos avanços oferecidos pela tecnologia, a utilização de inteligência artificial para criação de hologramas também levou diversos artistas a questionar o uso de sua imagem, especialmente após a morte. A atriz Whoopi Goldberg, por exemplo, já deixou claro que não permitirá que um holograma seu seja criado quando ela partir. Madonna, conhecida por sua persona forte e controladora, também já colocou em seu testamento a proibição do uso de imagens geradas por inteligência artificial após sua morte.

Em meio a essas discussões, a problemática chegou também à indústria pornô. Recentemente, a atriz brasileira Elisa Sanches, de 42 anos, anunciou que fez um testamento proibindo o uso de sua imagem em filmes adultos quando ela partir. Ela tomou a decisão após descobrir que seu rosto estava sendo usado em vídeos explícitos na internet, uma prática bem conhecida como deepfake.

“Eu fiquei chocada e extremamente nervosa. Me senti usada e explorada”, disse Sanches, revelando ao mesmo tempo o duro golpe que tais práticas podem ter sobre a vida dos envolvidos. Esse episódio despertou uma consciência mais profunda sobre os riscos do uso indevido de imagens e a utilização não consensual da tecnologia de inteligência artificial.

Essa é apenas uma das muitas vozes que começam a questionar o uso indiscriminado da inteligência artificial no entretenimento e além. Ainda que traga benefícios incríveis, como trazer de volta as vozes de alguns dos maiores ídolos da música, é preciso equilibrar essa balança considerando questões éticas e de privacidade. A medida que a IA continua a avançar, é essencial garantir que os artistas e suas obras sejam protegidos, e mais importante ainda, respeitados.