A homologação da delação premiada do ex-assistente de ordens de Jair Bolsonaro, Mauro Cid, foi celebrada por políticos de esquerda nas redes sociais ao longo da manhã deste sábado. Muitos representantes parlamentares expressaram contentamento ao saber que Cid decidira colaborar com a Polícia Federal.
O Ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, homologou o acordo de delação premiada. Iniciado na primeira semana, o processo viu Cid e a sua equipe de advogados, liderados por Cezer Bitencourt, trabalhando para consolidar os detalhes do acordo com o juiz. A reunião para discutir os detalhes finais ocorreu na quarta-feira no gabinete do ministro Moraes, de acordo com informações do jornal O Globo.
O Deputado Federal Paulo Pimenta, antes Ministro do Desenvolvimento Agrário no governo Lula, foi um dos primeiros a revelar animação nas redes sociais. “Ai, ai… está chegando a hora: ministro Alexandre de Moraes homologa a delação premiada do Coronel Cid”, disse numa das postagens. Membros da base política foram a outros canais de social media expressar o seu apoio à decisão. “A casa está caindo”, declarou a Deputada Federal Sâmia Bonfim do Psol de São Paulo.
A delação de Cid também foi comentada por outros petistas, como foi o caso do deputado federal Alencar Santana de São Paulo, enquanto a colega Érika Kokay, do PT do Distrito Federal, aconselhou a Bolsonaro a começar a “acostumar com a cadeia!”.
Por outro lado, integrantes de partidos de direita foram notavelmente discretos sobre o assunto neste sábado a tarde. Fábio Wajngarten, ex-secretário de Comunicação e atual defensor do Ex-presidente Bolsonaro, foi uma exceção. Na quinta-feira passada, pouco após as primeiras notícias sobre a possível delação, Wajngarten minimizou seu impacto no Twitter com a frase “não há o que delatar”.
O desdobramento deste acontecimento permanece a ser visto, enquanto que a nação aguarda para conhecer as ramificações de longo alcance da delação do Coronel Cid.