A esfera pública e midiática está agitada com o caso de agressão homofóbica sofrida pelo ator Victor Meyniel, ocorrida no último sábado, 2 de setembro. Em uma recente entrevista concedida à coluna, o advogado Ricardo Brajterman, representante legal de Meyniel, divulgou novos detalhes chocantes sobre o incidente violento.
De acordo com Brajterman, o ator conheceu o assaltante na boate Fosfobox, no sul do Rio, apenas algumas horas antes do ataque. A identidade do agressor foi revelada como Yuri de Moura Alexandre. Posteriormente, os dois poderiam se retirar para a casa de Moura, localizada em Copacabana.
Na manhã de sábado, quando Meyniel estava se preparando para sair, correu até a entrada do prédio para se despedir de Moura. No entanto, Moura pareceu irritado com a “exposição”. Segundo Brajterman, foi neste ponto que Moura lançou seu ataque de fúria contra Meyniel.
“Na hora de ir embora, o Victor foi se despedir, Yuri não quis. Sem entender, o Victor perguntou o motivo e ao ter a sexualidade revelada ali, ele teve esse surto e aconteceu a agressão”, disse Brajterman.
Um vídeo publicado por Brajterman no mesmo dia do incidente mostra um ataque visivelmente brutal. Chocantemente, o porteiro do edifício é visto sentado assistindo ao incidente sem fornecer assistência. Este incidente foi categorizado como um crime de homofobia.
“Estamos adotando todas as medidas judiciais cabíveis na esfera cível e criminal. Esse crime bárbaro não passará impune. É tudo absurdo, a brutalidade do criminoso e a a omissão do porteiro”, prometeu o advogado.
Em uma nota oficial emitida após o incidente, Brajterman confirmou que Meyniel e sua mãe haviam registrado queixa na delegacia e abriram um boletim de ocorrência. Meyniel também passou por um exame de corpo de delito.
Além disso, Moura foi preso e enviado para o hospital no mesmo dia do incidente. A nota oficial também revelou que Moura foi acusado de falsidade ideológica após se identificar como médico da aeronáutica. A prisão preventiva de Moura foi solicitada.
A referida nota destacou ainda que o porteiro do edifício estava sendo indiciado por omissão de socorro.
Esta notícia chocante aumentou a discussão pública sobre a prevalência e as atitudes em relação à homofobia na sociedade contemporânea. Brajterman e Meyniel esperam usar este incidente como uma ferramenta para aumentar a conscientização sobre os crimes de ódio e a urgência de medidas mais fortes para combatê-los.