A empresa Burn Indústria e Comércio Ltda, situada em Queimados (RJ), pode ter suas atividades interditadas após a Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente (DPMA) do Rio de Janeiro a identificar como responsável pela poluição hídrica do Rio Gandu. A ação criminosa, realizada pela indústria, causou espuma no rio, afetando a distribuição de água para 11 milhões de pessoas na Região Metropolitana do estado. A determinação veio após esforços combinados do Governo do Estado, Polícia Civil, Inea (Instituto Estadual do Ambiente) e a Companhia Estadual de Águas e Esgotos (Cedae) na investigação do incidente.
A identificação da empresa como autora do crime foi possível através do rastreamento das galerias de águas pluviais, onde foi identificada uma vazão incomum, e a presença do mesmo material que causou a contaminação do rio Gandu. Este incidente resultou na paralisação da produção e distribuição de água durante 13 horas, com consequências sérias para as populações atendidas pela rede de abastecimento. A interdição da empresa já foi declarada em caráter administrativo, e agora aguarda-se uma ação judicial para impedimento de suas atividades produtivas.
A Burn Indústria, no entanto, tem negado sua relação com o incidente, afirmando em nota que não há nenhuma ligação entre sua fábrica de Queimados e a presença de material químico na bacia do rio Guandu. Apesar do posicionamento da empresa, o presidente do Instituto Estadual do Ambiente, Philipe Campelo, assegura que a indústria será responsabilizada pelo crime ambiental. O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, também se manifestou publicamente, afirmando que não deixará impune um crime ambiental de tamanha proporção.