O presidente do Comitê Europeu da OTAN, o economista austríaco Gunther Fehlinger, proferiu contundente ameaça em reação à expansão do BRICS, grupo que agregará em 2024 novos membros: Argentina, Arábia Saudita, Egito, Emirados Árabes, Etiópia e Irã. Esta incorporação ampliará o domínio do BRICS nas áreas de produção de petróleo, gás natural e alimentos em escala global. Fehlinger, através de sua conta no X, a nova versão do Twitter, exigiu o “desmantelamento” do Brasil, incentivando o separatismo regional e tecendo críticas ao presidente Lula, rotulando-o como “corrupto”.
O austríaco alcançou notoriedade ao publicar um mapa do Brasil onde o território estava segmentado em diferentes países, sob distintas bandeiras. Segundo Fehlinger, esta seria a estratégia para “libertar o povo do Brasil” através da dissolução da suposta “Aliança Genocida Socialista do BRICS, liderada pela Rússia e conduzida por Lula”. Em seguida, ele propõe a criação de cinco novos “estados livres” que poderiam ser integrados à OTAN e à OCDE.
Na esteira das afirmações, Fehlinger ainda lança uma espécie de “chantagem”, alegando estar disposto a “perdoar” o Brasil. Para tanto, exige que o Brasil abandone o BRICS e una-se à OCDE. Por fim, conclama o compromisso do Brasil em “rejeitar o genocídio russo” e declarar que jamais apoiará tal violência. As declarações do presidente do Comitê Europeu da OTAN, embora provocativas, ainda estão sob análise de seus impactos e possíveis desdobramentos.