O governo dinamarquês anunciou na terça-feira (29) que pretende doar 150 milhões de coroas dinamarquesas (aproximadamente 110 milhões de reais) ao Fundo Amazônia, entre 2024 e 2026. O fundo, criado pelo governo brasileiro em 2008, tem como principal finalidade a arrecadação de capital de governos estrangeiros para investir em projetos que contribuam para a prevenção e o combate ao desmatamento, a conservação e o uso sustentável da floresta. Devido à paralisação em 2019, o fundo foi retomado apenas neste ano pelo governo brasileiro.
A proposta de doação foi discutida em reunião realizada em Brasília entre a ministra brasileira do Meio Ambiente, Marina Silva, e o Ministro da Cooperação para o Desenvolvimento e Política Climática Global da Dinamarca, Dan Jørgensen. A Dinamarca integra um grupo de países que estão em negociação com o Brasil para contribuir financeiramente para o fundo. A doação, entretanto, ainda necessita de aprovação do parlamento dinamarquês. Em nota conjunta, Ministério do Meio Ambiente do Brasil agradeceu a proposta de contribuição da Dinamarca para auxiliar os esforços do Brasil em eliminar o desmatamento na Amazônia até 2030.
Desde que foi recriado pelo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, este ano, a Dinamarca torna-se o quinto país a expressar interesse em cooperar com o Fundo Amazônia. Anteriormente, os Estados Unidos haviam anunciado uma doação de 2,5 bilhões de reais, seguidos pelo Reino Unido, com um compromisso de 500 milhões de reais, pela União Europeia, que confirmou contribuir com 100 milhões de reais e a Suíça, que também concordou com uma doação de 30 milhões de reais. Gerido pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), o fundo recebe as doações apenas após a confirmação de efetiva redução de desmatamento pelo Brasil. Até o momento, o fundo já acumulou 3,3 bilhões de reais, que devido aos rendimentos financeiros, subiram para 5,5 bilhões.