Dilma Rousseff acolhe Nicolás Maduro na sede do NDB em Xangai para fortalecer relações bilaterais

A líder do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB, na sigla em inglês), ou Banco dos Brics, Dilma Rousseff, recebeu o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, em uma reunião descrita como “extraordinária” no domingo, 10 de setembro de 2023, na sede da instituição em Xangai, China.

Maduro, chefe do Executivo da Venezuela, exaltou o Brics (bloco formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) e reafirmou o compromisso de seu país com o banco em uma publicação na rede social X, a qual sucedeu o Twitter.

A ex-presidente brasileira recebeu o homólogo venezuelano com um abraço e um aperto de mão. Após saudações iniciais, eles participaram de uma subsequente reunião que contou com a presença de representantes do NDB e integrantes da comitiva venezuelana local.

Durante a reunião, Maduro expressou o interesse em aprofundar as relações comerciais entre a Venezuela e o NDB, com o objetivo de facilitar mais transações digitais e explorar novas formas de financiamento para seu país.

Imagens do encontro, divulgadas em vídeo pelo presidente Maduro, mostraram a troca de cumprimentos entre os dois líderes nos corredores do NDB, bem como a atenção deles à imprensa local antes do início da reunião.

Essa visita marcou a terceira vez que Maduro visitou o Brasil, a primeira sendo em 2015 para a posse de Dilma Rousseff como presidente, e a segunda em 2023, para uma reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Vale lembrar que Maduro foi proibido de entrar no Brasil durante o governo de Jair Bolsonaro.

A viagem do presidente venezuelano à China faz parte de uma viagem de seis dias com intuito de estreitar relações bilaterais. A visita aconteceu durante a semana do encontro do G20 em Nova Délhi, na Índia.

No contexto político, a Venezuela, sob a liderança autocrática de Nicolás Maduro, relata restrição à liberdade de imprensa e prisão por “crimes políticos”. Um relatório da OEA evidenciou a “nomeação ilegítima” do Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela, e a Comissão Interamericana de Direitos Humanos relatou abusos no país em outubro e novembro de 2022 e março de 2023.

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