A celebração do Dia da Independência no Brasil neste 7 de setembro ganha nova localidade no Rio de Janeiro, voltando para a tradicional Avenida Presidente Vargas, centro da capital fluminense. Em 2020, sob a presidência de Jair Bolsonaro, o evento foi transferido para a orla de Copacabana, um movimento que foi encorajado pelo então presidente e atraiu milhares de seus apoiadores, dando ao evento um caráter político. O retorno à sua localização original, no entanto, é visto por alguns como um resgate da tradição e neutralidade política da celebração.
Segundo documentos obtidos pela CNN, a decisão de voltar a celebração para o Pantheon de Caxias, monumento em homenagem ao patrono do Exército brasileiro, partiu do governo do estado e da prefeitura. Um forte esquema de segurança está sendo preparado e contará com a presença de policiais do Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE), garantindo a ordem e segurança do evento.
No entanto, as repercussões do evento do ano passado ainda são manifestas. O Ministério Público Federal recorreu da decisão da Justiça Federal do Rio que negou o pedido de desculpas da União pelo 7 de setembro de 2020. Na ação movida neste ano, o MPF argumenta que o Estado brasileiro deveria pedir desculpas por ter falhado em prevenir a confusão da cerimônia democrática com um evento político partidário na comemoração do Bicentenário da Independência.