Os olhos do Brasil estarão voltados hoje para a Polícia Federal, onde o ex-presidente Jair Bolsonaro, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro e um seleto grupo de aliados prestam depoimentos sobre as joias que supostamente receberam da Arábia Saudita. Simultaneidade das oitivas é uma manobra para evitar que os envolvidos coordenem versões de suas narrativas. Entre os que também serão ouvidos estão Fábio Wajngarten, ex-secretário de Comunicação da Presidência; Tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro; General Mauro Lourena Cid, pai de Mauro Cid; Frederick Wassef, advogado de Jair Bolsonaro; Tenente Osmar Crivelatti, ex-assessor da Presidência da República; e Coronel Marcelo Câmara, ex-assessor da Presidência da República.
Outro que prestará depoimento na CPMI do 8 de janeiro é o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional, Gonçalves Dias. Dias, que era responsável pela segurança dos palácios presidenciais durante os ataques criminosos às sedes dos Três Poderes no dia 8 de janeiro, saiu do cargo após as imagens reveladas pela CNN o mostrarem no Palácio do Planalto durante as invasões. A defesa do ex-ministro insiste que ele está disposto a responder a todas as perguntas feitas pelos parlamentares.
Hoje também é o último dia para o governo federal, agora com Lula no comando, apresentar o Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA). A ministra do Planejamento, Simone Tebet, e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, asseguram que o orçamento de 2024 será ajustado para evitar um déficit primário. Segundo Haddad, a meta pode ser alcançada se a arrecadação federal aumentar entre R$ 110 bilhões e R$ 150 bilhões. Enquanto isso, no Supremo Tribunal Federal, continua o julgamento sobre o marco temporal para a demarcação de terras indígenas. O placar atual é de 2 a 2, com o ministro André Mendonça já tendo sinalizado a favor da tese do marco.