5 de fevereiro de 2024 — O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) está sob investigação após o deputado federal Paulo Bilynskyj (PL-SP) apresentar uma denúncia criminal por discriminação racial. A acusação surge em decorrência de um comentário feito por Lula durante sua visita à fábrica da Volkswagen na última sexta-feira, 2 de fevereiro.
Durante o evento de divulgação de investimentos na fábrica em São Paulo, Lula apresentou a estudante Luiza Eduarda Leôncio, uma jovem negra, e fez comentários que geraram controvérsias. “Essa afrodescendente assim gosta de um batuque, de um tambor”, afirmou o presidente, associando automaticamente a jovem a estereótipos relacionados à música e percussão.
Segundo Bilynskyj, o presidente cometeu o crime de Discriminação Racial ao reforçar generalizações prejudiciais. A denúncia foi encaminhada à Procuradoria Geral da República (PGR), que avaliará as medidas apropriadas.
Defesa da Secom
A Secom (Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República) afirmou que a fala de Lula foi uma “exemplificação do que são os estereótipos para criticar sua perpetuação”, esclarecendo que a jovem não estava no palco pelos motivos inicialmente ventilados pelo presidente.
Relembre o Caso
Durante sua participação no evento, Lula dirigiu-se à jovem presente, especulando sobre sua ocupação. “Ela é cantora. Ela vai cantar”, afirmou Lula, segurando as mãos da estudante. Posteriormente, ao descartar a possibilidade de música, fez referência ao suposto gosto da jovem por batuques e tambores.
A continuação do comentário revelou que a jovem era premiada como a mais importante aprendiz da empresa e havia recebido um prêmio na Alemanha. Entretanto, as declarações iniciais geraram críticas e levaram à denúncia formal por discriminação racial.
Com informações de Poder 360.