A grave crise econômica que assola a Argentina vem acarretando uma série de problemas para o país sul-americano. Em meio a desvalorização significativa da moeda nacional, o peso, comércios enfrentam dificuldades para a reposição de mercadorias, levando à escassez de produtos como papel higiênico, açúcar e ervas para chá. A situação se agravou ainda mais após onda de saques e roubos aos estabelecimentos, fenômeno que se espalhou desde cidades interioranas até a periferia da capital, Buenos Aires, na última semana.
Para tentar contornar a situação, o governo implementou programas de incentivo e criou o sistema de Preço Justo, na tentativa de estabilizar os preços de produtos essenciais. No entanto, mesmo com tais medidas, muitos supermercados no país estabeleceram limites para a quantidade de unidades que cada cliente pode adquirir de determinados produtos. Além disso, de acordo com informações do portal argentino Clarín, a estabilidade dos preços não é garantida, podendo oscilar e variar constantemente.
Esse cenário de instabilidade ocorre em um período delicado para a Argentina, que se aproxima das eleições marcadas para outubro deste ano. O atual presidente, Alberto Fernández, já declarou que não buscará a reeleição. A falta de produtos se estende para além dos mencionados inicialmente, afetando também o fornecimento de outros itens, como macarrão, farinha, snacks, detergentes, alimentação para animais e desodorantes, intensificando a preocupação e incerteza da população em meio ao já conturbado panorama econômico.