CPMI do 8 de janeiro conclui investigação em praça pública

Relatório final será votado nesta quarta-feira

O presidente da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de janeiro, deputado Arthur Maia (União-BA), afirmou nesta terça-feira (17) que o colegiado concluiu sua investigação “em praça pública”.

Instalada há cerca de quatro meses, a CPMI ouviu ao menos 20 pessoas, entre elas nomes que estiveram no governo do presidente Jair ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), como o ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF) Silvinei Vasques e militares como o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de ex-presidente Jair Bolsonaro, e o general Augusto Heleno, que comandou o Gabinete de Segurança Institucional (GSI).

“A gente sabe que o Supremo Tribunal Federal, já há algum tempo, já vem fazendo essa investigação acerca do que aconteceu no dia 8 de janeiro, mas acontece que é como eu sempre disse, aqui na CPMI nós fizemos uma investigação em praça pública. Aqui vieram representantes da Polícia Militar do Distrito Federal, generais da mais alta patente do Exército Brasileiro, vieram financiadores da campanha e vieram terroristas que tentaram botar uma bomba no aeroporto de Brasília”, disse Maia.

A CPMI se reúne nesta terça para conhecer o relatório final da senadora Eliziane Gama (PSD-MA). A votação está marcada para acontecer na quarta-feira (18).

Organizado pelo deputado Alexandre Ramagem (PL-RJ), ex-diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) durante o governo ex-presidente Jair Bolsonaro, o relatório da oposição vai focar na “omissão do governo federal” e deve pedir o indiciamento do ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino. O argumento da oposição é de que o governo Lula tinha conhecimento dos alertas sobre os manifestantes e foi omisso.

Apesar de não ter chances de ser aprovado, a oposição acredita que esse momento vai servir para desacreditar os argumentos da relatora.

Com a aprovação do relatório final, a investigação feita pela CPMI deve ser encaminhada ao Ministério Público Federal (MPF) e à Procuradoria-Geral da República (PGR). São estes os órgãos responsáveis por decidir sobre prosseguir a apuração dos fatos apresentados ou arquivar a apuração.

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